Se o senhor não "tá" lembrado
Dá licença de "contá"
Que aqui onde agora está
Este edifício "arto"
Era uma casa "véia"
Um palacete assobradado
Foi aquí, seu moço, que eu, Mato Grosso e o Joca
"Construímo" nossa maloca
Mas, um dia, "nóis" nem pode se "alembrá"
Veio os "home" co'as "ferramenta"
O dono "mandô derrubá"
"Peguemo" todas nossas coisa'
E "fomo" pro meio da rua
"Apreciá" a demolição
Que tristeza que "nóis sentia"
Cada "táuba" que caía
Doía no coração
Mato Grosso quis "gritá"
Mas em cima eu falei
Os "home" tá co'a razão
"Nóis arranja" outro "lugá"
Só se "conformemo"
Quando o Joca falou
"Deus dá o frio conforme o 'cobertô'"
E hoje "nóis pega as páia"
Na grama do jardim
E pra "isquecê" "nóis" "cantemo" assim
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde "nóis" "passemo" os'dias feliz de "nossas vida"
Saudosa maloca, maloca querida
Dim dim donde "nóis" "passemo" os'dias feliz de "nossas vida"
(Adoniram Barbosa)
LUIZA MOURA ETERNA APRENDIZ - Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos "asas para voar".
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