Ontem fomos assistir ao Show de Fábio Júnior e José Augusto, na Casa de Show Palladium em Caruaru e junto conosco foi uma amiga que é cadeirante. O acesso foi ruim a começar pelo estacionamento que ficou um pouco distante, na frente do Palladium diversos carros estacionados dificultando o acesso à rampa.
E ao adentramos aquela Casa mais uma vez surpreendidos pelo curral em frente do palco chamado de área Vip, questionei-o um dos seguranças como fazer para ter acesso e simplesmente respondeu que teria que pagar. Então com fazê-lo? Não poderíamos mais ter acesso porque teria que ser antecipado.( Mas de cadeirante só estava ela, naquele local!!!!!!!!!).
No cercado de ferro que dividia a Casa, pessoas que não respeitaram esse direito ficando a frente da cadeira de rodas, sem que nossa amiga pudesse ver o Show. Na hora que o José Augusto iria começar a contar consegui um lugarzinho para ela perto do cercado.
Na saída daquela Casa, ai sim, é que foram momentos difíceis, algumas pessoas nos ajudaram abrindo alas para que pudéssemos passar, chegando à portaria, os portões fechados e mais pessoas que nos conduziram até a saída.
O desrespeito a portadores de deficiência esta registrado no Palladium. Não há acessibilidade, não há nem se quer um estacionamento digno a todos que precisam ser incluídos como pessoas normais e precisam também de lazer igual a qualquer cidadão.
Nossa amiga, nos dizia, eu que estava no lugar errado... Eu não deveria ter vindo. Isso me deixou triste, pois ela é uma pessoa muito alegre que precisa que nós estejamos com ela em qualquer parte.
Talvez a maioria ainda vê o deficiente físico com uma visão piedosa e não respeitosa, como o devia ser. O que falta, nestes casos, é colocar-se no lugar destes indivíduos e conhecer a real rotina destas pessoas.
Muito discutido na atualidade é o tema de acessibilidade aos cadeirantes. A Lei n 19/12/2000, nos traz os aspectos gerais sobre a regulamentação do direito de transição as pessoas com necessidades, como a porcentagem de vagas de estacionamentos em locais públicos e privados, 2%, o número de sanitários adaptados, entre outros.
A questão levantada é preocupante. O indivíduo se encontra em situação especial, luta todos os dias com os fantasmas das desigualdades e das limitações, e quando, o que infelizmente não se aplica a todos os casos, se torna forte o suficiente para levar em frente uma vida social ativa, tem ainda que impor-se, para fazer valer as leis que o beneficiam.
Em resumo, há a lei, há a consciência delas e até mesmo o reconhecimento e o apreço por estes indivíduos. O que falta é tornar prático o discurso de acessibilidade como direito a todos os seres humanos.
Profª Luiza Pinto Moura
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