Lei do Piso é debatida no auditório da OAB-PE
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Escrito por Everson Teixeira |
Qua, 14 de Março de 2012 12:16 |
Evento organizado pelo Sintepe lotou auditório da OAB, no Recife.
Debate fez parte das ações da mobilização que acontece em todo o país.
Dezenas
de trabalhadores em educação do estado lotaram o auditório da Ordem dos
Advogados do Brasil seccional Pernambuco, no Recife, na manhã desta
quarta-feira (14), durante um debate sobre a Lei Nacional do Piso. O
evento foi organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Pernambuco
(Sintepe), em parceira com a Central Única dos Trabalhadores em
Pernambuco (CUT-PE), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
(CNTE) e OAB-PE.
O debate foi aberto pela
Deputada Estadual Teresa Leitão que, em seu discurso, apoiou a
paralisação promovida pelos trabalhadores. “A mobilização é legítima,
pois devemos lutar por uma educação de qualidade. Para isso, é
necessário investimentos como a utilização dos 10% do PIB para o ensino
no país. Se isso não for feito, as metas do Plano Nacional da Educação
não serão alcançadas”, ressaltou. Após o breve discurso, a parlamentar
seguiu para a Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde participou da
votação do projeto de lei que autoriza o reajuste de 22,22% para os
professores do estado.
A paralisação dos
trabalhadores em educação também foi apoiada pelo presidente da OAB-PE,
Henrique Mariano. Na opinião dele, a profissão do professor é uma das
mais nobres e deveria ser valorizada. “Apesar de pertencermos a uma
entidade que deve defender os direitos dos advogados, a OAB tem a
obrigação de participar de todas as ações que envolvam o bem estar da
sociedade. Ser professor é nobre, no entanto, não vemos uma valorização
desses profissionais. Por isso, a Ordem apoia a greve nacional, pois não
há nada mais justo do que a busca por melhores condições de trabalho”,
discursou.
Sobre as críticas que o Governo do
Estado fez sobre a mobilização em Pernambuco, o Presidente do Sintepe,
Heleno Araújo, afirmou que o Estado deveria aderir à greve e não ser
contrário a ela. “Quando Ministério da Educação aprovou o reajuste de
22,22%, uma comissão formada por prefeitos e governadores, incluindo
representantes do Governo de Pernambuco, foi à Brasília para pedir
verba, pois justificaram que não teriam como pagar o salário aos
professores. Agora, nós estamos pedindo para que o Governo Federal
invista mais na educação, com 10% do PIB e 50% do Fundo Social do
Pré-Sal, e o Governo do Estado não participa dessa mobilização. Ou seja,
o governo tem uma posição muito incoerente”, explicou.
Mobilização
Até
a próxima sexta-feira (16), cerca de 35 mil trabalhadores em educação
da rede estadual participam da greve nacional, que exige o cumprimento
integral da Lei Nacional do Piso do Magistério. Os trabalhadores lutam
para que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) sejam empregados na Educação
e 50% do Fundo Social do Pré-sal sejam investidos no desenvolvimento
científico e tecnológico do Brasil. A greve exige ainda a aprovação do
Plano Nacional da Educação (PNE) e a valorização do plano de cargos e
carreira. Em Pernambuco, a paralisação é realizada na rede municipal de
pelo menos 28 municípios, todos atendidos pelo Sintepe
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