sábado, 4 de dezembro de 2010

HISTÓRIAS QUE ME CONTARAM -SIMPLESMENTE GENTE

Ontem numa comemoração na casa de amigos, conversa vai conversa vem. Todos tem algo para comentar e os assuntos foram a vida profissional, como conseguimos ocupar os cargos que temos hoje, quais as dificuldades, quais eram os sonhos de infância e outros.De tudo se falou um pouco...

O grande amigo, N, de muitos anos descreveu-me os abusos acontecidos com ele, quando criança, por ser negro. Ao aproximar-se da Câmara dos Vereadores, um policial o expulsou com frases horríveis e grande discriminação social , realmente o expulsou com todas as letras de uma "autoridade". Isso há vinte e cinco anos, ele era apenas uma criança que pela sua curiosidade não precisava pagar um preço do absurdo.

L, terminara o Magistério e por notas exemplares foi indicada para trabalhar em uma escola de periferia da cidade, mas a diretora não a aceitara por ser mãe solteira. Assim , ela descreveu: -Como direi a mãe dos meus alunos? como posso aceitar você na minha escola? A resposta veio de imediato, Concurso público, entre 23 alunas da sua turma , só três foram aprovadas neste concurso, L, fora uma delas.

Conversa vem, conversa vai... Os jovens precisam(vam) ter muito controle e domínio emocional e confiança nos seus genitores para que pudessem e possam viver uma vida com decência e dignidade, dizendo não aos abusos e denunciando os cafajestes. Os abusos também aconteciam nas escolas, , nos lares em outros. locais Outra amiga, A, contou-me que passou um ano lavando pratos na casa de um colega, para que ela não contasse que haviam jogado as fotos de aniversário de quinze anos de outra colega na Barragem do Bitury. E o dinheiro que a colega pagou pelas fotos, elas tomaram de cerveja e PITÚ.

E outra amiga, E, relatara o assédio do professor em sala de aula, ela na época com 13 anos. Ele prometia presentes moradia e muito mais. Por ela não o aceitar , ele começou a persegui-la de todas as formas na Escola. Imaginem, aquele no qual devíamos confiar, veste a carapuça de canalha. E a lei do silêncio muitas vezes predomina pelo medo de compartilhar....

Foram muitos históricos onde a bestialidade humana predomina(va), mas que falaremos em outra oportunidade.Aquele que muitas vezes adentram as nossas casas, precisamos prestar atenção nos seus gestos e atitudes, infelizmente nem todos podemos chamar de amigo-irmão.

Quero apenas relatar e dizer a você pai, mãe ou responsável faço seu filho(a) confiar em você, pois às vezes estes abusos podem deixar marcas para eternidade. Confiança e respeito aprendemos em casa.

(Luiza Pinto Moura, Dezembro 2010)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O OUTRO

 O OUTRO  Muitas vezes Olho o outro com desdém  Mas se esse outro  Tem um pouco de mim Porque não percebo essa semelhança? Esse outro sou eu...