Repara a terra pobre, humilde e boa,
Enlameada ao temporal violento...
A golpes rudes de granizo e vento,
Olvida em paz a injúria que a magoa.
Depois, a vida tece-lhe a coroa
De pétalas luzindo ao firmamento...
E, feliz ante o mundo desatento,
Mais se embeleza quanto mais perdoa.
Assim também, esquece o lodo e a ofensa.
Que a tormenta de trevas te não vença
A nobreza dos sonhos redentores!...
Seja o perdão o apoio a que te arrimes,
E desabrocharás em dons sublimes
Como a terra insultada ri-se, em flores.
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