Durante cerca de sete séculos, as lutas dos gladiadores, entre si ou contra animais ferozes, foram o espetáculo preferido dos romanos, que ao final de cada combate pediam com um gesto do polegar o perdão ou a morte do lutador ferido. Gladiador era o lutador profissional que se apresentava em espetáculos públicos no Coliseu e em outros anfiteatros do Império Romano.
Eram recrutados para as lutas prisioneiros de guerra, escravos e autores de delitos graves, mas na época dos imperadores Claudius I, Caligula e Nero a condenação à arena foi estendida às menores culpas, o que aumentou o interesse pelas lutas. Menos comum era que um romano de alta posição social, mas arruinado, se alistasse como gladiador a fim de garantir a própria subsistência, ainda que de maneira arriscada. Ser proprietário de gladiadores e alugá-los era uma atividade comercial perfeitamente legítima. Originária da Etrúria, essa espécie de exibição popularizou-se rapidamente entre os romanos.
O primeiro espetáculo conhecido, em 264 a.C., no funeral de Brutus, reuniu três pares de lutadores. Trezentos pares se apresentaram no tempo de Julius Caesar, no ano de 44 da era cristã. No ano 107 d.C., o imperador Trajanus tinha cinco mil pares de gladiadores. Augustus permitia a apresentação de gladiadores duas vezes por ano e limitou seu número a 120 por espetáculo.
O desfile dos gladiadores abria o programa e seguia-se um combate simulado com espadas de madeira. O combate real começava após um toque de clarim e os que manifestavam medo eram conduzidos ao centro da arena sob a ameaça de chicotes e ferros em brasa. Quando um gladiador ferido ficava à mercê do adversário, erguia o indicador para implorar a clemência do público, a quem cabia, nos últimos anos da república, a decisão sobre sua vida ou morte.
Embora tenham decaído com o advento do cristianismo, os espetáculos de gladiadores sobreviveram por mais de um século à proibição de Constantinus I, no ano 325 d.C.
Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br
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