À la-ursa quer dinheiro...
quem não dê é pirangueiro..."
Na Rua do Rosário passavam Pulsina e Ana Beatriz, que com bastante medo segurava a mão da mãe preta, e que carinhosamente tentava acalmar a menina:
-Já estamos perto de casa, chore não. Isso é um moleque vestido com essa roupa feia...
A pequena olhava para ela com adoração e confiança...gostava demais da Pulsina e achava melhor passar aquele periódo na casa dela.
Ela a servia leite de cabra com farinha e costumava colocar água numa bacia ao sol, na frente daquela casa tão humilde para que pudesse tomar um banho quente.Era muito carinho e afago...
Hoje sentada na cadeira de balanço recorda aqueles momentos dos Carnavais e momentos passados na companhia de uma criatura que deixava seu único filho, o Lula, para ser mãe daquela menininha...
Aquela menininha que agora é mãe de uma nova geração...Filhos que recebem valores aprendidos de duas mães: uma biológica e outra do coração pelas circunstâncias que a vida impulsiona tantas vidas.
(Luiza Pinto Moura.Memórias:2010)
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