sexta-feira, 2 de abril de 2010

100 ANOS DE CHICO XAVIER




02/04/2010 | 08h57 | Brasil

Hoje Chico Xavier completaria 100 anos. Confira especial do Pernambuco.com
Com um nome marcante, uma imagem cercada de mistérios e obras respeitadas mundialmente, o nome de Chico Xavier não teria como não se tornar popular. Em uma rápida busca no Google, 578 mil páginas diferentes citam o médium, número superior ao do próprio Allan Kardec, principal nome do espiritismo mundial. Nesta sexta (2), o espírita que trouxe paz para milhares de famílias e levantou muita polêmica entre os detratores da doutrina completaria cem anos de nascido.


Para marcar o centenário, uma programação especial foi montada, filmes e livros divulgados e o debate em torno da vida após a morte e da possibilidade de comunicação entre vivos e mortos tomou força. Os pensamentos e o trabalho de Chico impactaram vidas também em Pernambuco. Gente que diz ter sido curada por ele, ter recebido cartas de parentes falecidos e que, mais ainda, diz ter aprendido com os ensinamentos dele sobre a importância da caridade, do amor ao próximo e da esperança de novos e eternos reencontros.

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A polêmica que cercou o mineiro de São Leopoldo Francisco Cândido Xavier desde os primeiros anos de vida garantiu mais atenção à história do médium. Filho de pais católicos, perdeu a mãe aos cinco anos e, com ela, teria tido seus primeiros contatos espirituais. O supostamente pouco letrado garoto chegou a ser contemplado com uma menção honrosa em um concurso que premiou as melhores peças sobre o centenário da Independência do Brasil e teria parado os estudos no ensino primário. Foi excomungado na década de 50, figurou como alvo de investigações que apuravam o destino do dinheiro arrecadado com as vendas de seus livros. Mas nada conseguiu impedir a publicação de 451 obras, traduzidas para várias línguas.

Figura emblemática, sua obra Brasil, coração do mundo pátria do Evangelho serviu como divisor de águas da doutrina espírita no país ao narrar a influência dos espíritos em diversos acontecimentos marcantes da história nacional. Especializado em cartas de filhos mortos a seus pais, o médium cativava multidões ao apresentar respostas definitivas às suas dúvidase inseguranças. Dizia psicografar astros internacionais, como Marilyn Monroe, e desconhecidos em busca de uma forma de comunicação. Sua capacidade de atender, com o mesmo afinco, celebridades e anônimos de todas as partes do país fez com que os preconceitos atrelados à prática fossem reduzidos.

De acordo com a presidente da Federação Espírita Pernambucana, Ednar Santos, a psicografia, praticada pelo médium ao longo quase setenta anos, foi a grande marca de Xavier e um dos principais ímãs da atenção do público para o espiritismo. Para ela, a contribuição do médium foi muito além. "As cartas consolaram muita gente e serviram até como prova jurídica. A própria bibliografia dele descortinou outras inquietações, como a história do cristianismo após a morte de Jesus Cristo. Além disso, a postura dele enquanto cristão, de uma pessoa humana, voltada à caridade e ao atendimento é um exemplo", afirma.

De acordo com o presidente da Comissão Estadual Espírita, Heleno Vidal, desde a morte de Chico, há oito anos, não há registros comprovados de contatos espirituais entre ele e o mundo dos vivos. Para muitos que creem, resta esperar que seus ensinamentos voltem a ser passados no mundo pelo próprio médium, que em vida, já dizia: "O fruto morre, mas a semente renasce e a árvore torna a viver".

Da Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR

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