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Mostrando postagens de agosto, 2010

NÃO SONHO MAIS

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Hoje eu sonhei contigo, tanta desdita, amor nem te digo Tanto castigo que eu tava aflita de te contar Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha E baba na fronha, e se urina toda e quer sufocar Meu amor vi chegando um trem de candango Formando um bando mas que era um bando de orangotango pra te pegar Vinha nego humilhado, vinha morto-vivo, vinha flagelado De tudo que é lado vinha um bom motivo pra te esfolar Quanto mais tu corria mais tu ficava, mais atolava Mais te sujava, amor, tu fedia, empesteava o ar Tu que foi tão valente chorou pra gente, pediu piedade E, olha que maldade, me deu vontade de gargalhar Ao pé da ribanceira acabou-se a liça e escarrei-te inteira A tua carniça e tinha justiça nesse escarrar Te rasgamo a carcaça, descendo a ripa, viramo as tripas Comendo os ovos, ai, e aquele povo pôs-se a canta Foi um sonho medonho desses que às vezes a gente sonha E baba na fronha e se urina toda e já não tem paz Pois eu sonhei contigo e caí da cama Ai, amor, não briga...

CALDEIRÃO DOS MITOS

Eu vi o céu à meia-noite Se avermelhando num clarão Como incêndio anunciado No Apocalipse de São João Porém não era nada disso Era um Corisco, era um Lampião Eu vi um risco nos espaços Era um revoo do sanhaçu Eu vi o dia amanhecendo No ronco do maracatú Não era lança de São Jorge Era o espinho do mandacarú Vi um profeta conduzindo Dos arraiás às multidões Pra construir um chão sagrado Com espingardas e facões Não foi Moisés na Palestina Foi Conselheiro andando nos sertões Eu vi o som na escadaria Dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó Não era o eco das trombetas De Josué e Jericó Era um fole de oito baixos A tocar numa noite de forró Vi um magrelo amarelado Passando a perna no patrão Não foi ninguém da Inglaterra Nem de Paris, nem do Japão Era o Pedro Malasartes Era João Grilo e era Cancan Eu vi o sol ao meio-dia No meio do chão do Ceará Não era o coro dos Arcanjos Nem era a voz de Jeová Era uma cascavel armando o bote Balançando o maracá Vi uma mão fazer o barro Um homem forte Um ...

PALAVRA - CHAVE

"O amanhã pertence a Deus" (Luiza Pinto Moura)

EPITÁFIO

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Devia ter amado mais Ter chorado mais Ter visto o sol nascer Devia ter arriscado mais Até errado mais Ter feito o que eu queria fazer Queria ter aceitado as pessoas com elas são Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar... Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto o sol se pôr Devia ter me importado menos Com problemas pequenos Ter morrido de amor Queria ter aceitado a vida com ela é A cada um cabe a alegria e a tristeza que vier O acaso vai me proteger Enquanto eu andar distraído O acaso vai me proteger Enquanto eu andar... Devia ter complicado menos Trabalhado menos Ter visto sol se pôr (Titãs)

COMPRANDO CONCIÊNÇA

Um político tarimbado, raposa véia de ação, ganhador de eleição, um enganador safado, desses que fala incangado... entrou no bar da pracinha de numa cidadezinha e gritou:-quem quer cachaça? quem quiser bebe de graça, hoje a conta vai ser minha! Passou a tarde todinha pagando cana e falando e 'os bebo' se embriagando e bebendo tudo que vinha. e ele dizendo que tinha dinheiro pra se manter influencia nos puder, e outras qualidades dele, e que quem votasse nele não ia se arrepender. Prometeu pra Zé Jumento Um milheiro de tijolo, E pra Manezin do Bolo Quatro saca de cimento. Prometeu comprar um cento De ripa pra Zé Migué, Um sacolão pra Mané, Remédio pra Zé de Bana, E tome promessa e cana, Risada, fuzaca e mé. No “mei” da farra e da loa Um menino entrou no bar Começou a espiar E viu aquela pessoa Que tomou uma das boa E tava estendido no chão Perto do pé do balcão. Esse bebo esparramado Era o pai desse coitado Que ninguém deu atenção. Nem viram o menino entrar, E qua...

DEPOIS DE 20 ANOS DE TRABALHO - SERÁ QUE ALGO MUDOU?

No começo todas às escolas funcionavam com uma equipe de trabalhadores, um para cada função, podíamos assim dizer, até que resolveram passar adiante outras firmas contratando demais funcionários. E naquela época já havia os escolhidos, só ficam aqueles que Seu Sicrano quer, as notas eram camufladas. E mesmo , agora não é diferente, o SINTEPE, lutou pelo direito a eleição direta para diretores de Escolas, mas os apadrinhados permaneceram e acontece que se não faço a que o político X quer? FORA! Saiu, governo, mudou governo e o carro não caminhou muito, pois às contratações de funcionários administrativos ainda existe. Vinte anos se passaram, não ouvi, nem se quer falar em concursos para serviços gerais ou mesmo merendeiras, mas para que , se nós fazemos estes mesmos serviços? Neste periódo EDUCAÇÃO, está em alta. Todo candidato quer ser o pai da criança...e aja DNA! Lembro-me perfeitamente da X Conferência de Educação, realizada pelo SINTEPE- CNTE - pré campanha eleitoral, Eduardo Ca...

ABC DO PREGUIÇOSO

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Marido se alevanta e vai armá um mundé Prá pegá uma paca gorda prá nóis fazê um sarapaté Aroeira é pau pesado, num é minha véia? Cai e machuca meu pé e ai d´eu sodade Marido se alevanta e vai na casa da sua avó buscá A ispingarda dela procê caçá um mocó E que no lajedo tem cobra braba, num é minha véia? Me pica e fica pió e ai deu sodade Entonce marido se alevanta e caçá uma siriema Nóis come a carne dela e faiz uma bassora das pena Ai quem dera tá agora num é minha véia Nos braço de uma roxa morena e ai d´eu sodade Sujeito te alevanta e vai na venda do venderão Comprá uma carne gorda prá nois fazê um pirão É que eu num tenho mais dinheiro num é minha véia? Fiado num compro não, e ai d´eu sodade Entonce marido se alevanta e vai na venda do venderim Comprá deiz metro de chita prá fazê rôpa pros nossos fiim Ai dentro tem um colchão véio, num é minha véia? Desmancha e faiz umas carça prá mim e ai d´eu sodade Disgramado se alevanta e deixa de ser preguiçoso O homi que num trabáia num pod...

5s - MUTIRÃO DA LIMPEZA NA ESCOLA II

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DEIXAMOS AS SALAS ASSIM... ...MAS TRABALHAMOS ASSIM ...

5s - MUTIRÃO DA LIMPEZA NA ESCOLA

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I turno - Alguns professores e a coordenadora do 5S profª Eliane Profª e alunos Eles fizeram a diferença , parabéns a todos os paticipantes Hoje, alunos, professores e funcionários da Escola Professor Donino formaram o mutirão da limpeza fazendo acontecer o compromisso firmando entre o GRUPO MOURA e todos que decidiram abraçar mais uma vez o PROJETO 5 S. A escola começou o seu primeiro momento com entusiasmo, músicas, danças e muitos abraços pela alegria do encontro. Em seguida a distribuição das tarefas. Equipes formadas por professores coordenadores e alunos colaboradores. Todos os funcionários da Escola organizaram os departamentos , fichários e outras dependências deixando a nossa escola com um aspecto mais brilhante. No primeiro turno a lavagem das salas e das cadeiras, no segundo a lavagem dos corredores, e parte da ordenação ficou com o terceiro turno. Como participante do primeiro momento, repito o que disseram-me os alunos:"E, não é ,que valeu a pena ter partici...

TEATRO NA ESCOLA - SÍTIO DO PICA- PAU AMARELO

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TEATRO NA SALA DE A ULA O NARRADOR: VICTOR HUGO Emília Visconde de Sabugosa Pedrinho Narizinho Tio Barnabé Dona Benta Alunos da 6ª Série - Profª Luiza Pinto Moura - Semana do FOLCLORE

TEATRO NA ESCOLA

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lenda do uirapuru o elenco o elenco Mula-sem-cabeça e saci-pererê Crianças brincando vovó contando histórias café no sítio

GENTE, FOTOS & FATOS

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FREVO- A alegria é contagiante Em Belo jardim, artesanato reciclado. O luxo que vem do lixo. Bezerros, desfile dos Papangús O Lira da Tarde - Pesqueira Maracatu em Olinda José Joaquim da Sliva. Zézinho de Tracunhaém tem um atélier mostrando os seus trabalhos Pastoril Artesão Severino, grande homem, Filho de Mestre Vitalino

DIA 22 DE AGOSTO DIA DO FOLCLORE

Folclore é a tradição de um povo contada em verso, em prosa e nos diferentes registros , mesmo que seja mamulengo , é Cultura Popular. ( Luiza Pinto Moura) Espero que às dicas postadas tenham sido úteis no seu pensar e na sua prática. Recriar é fazer um novo começo.Bom domingo! Muita PAZ! ( Luiza Pinto Moura)

MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA FAZ O HOMEM GEMER SEM SENTIR DOR

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Numa luta de gregos e troianos Por Helena, a mulher de Menelau Conta a história de um cavalo de pau Terminava uma guerra de dez anos Menelau, o maior dos espartanos Venceu Páris, o grande sedutor Humilhando a família de Heitor Em defesa da honra caprichosa Mulher nova, bonita e carinhosa Faz o homem gemer sem sentir dor Alexandre figura desumana Fundador da famosa Alexandria Conquistava na Grécia e destruía Quase toda a população Tebana A beleza atrativa de Roxana Dominava o maior conquistador E depois de vencê-la, o vencedor Entregou-se à pagã mais que formosa Mulher nova bonita e carinhosa Faz um homem gemer sem sentir dor A mulher tem na face dois brilhantes Condutores fiéis do seu destino Quem não ama o sorriso feminino Desconhece a poesia de Cervantes A bravura dos grandes navegantes Enfrentando a procela em seu furor Se não fosse a mulher mimosa flor A história seria mentirosa Mulher nova, bonita e carinhosa Faz o homem gemer sem sentir dor Virgulino Ferreira, o Lampião Bandoleir...

SATANÁS TRABALHANDO NO ROÇADO DE SÃO PEDRO

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O homem que é poeta Dorme tarde, acorda cedo Embora não rime bem Eu vou traçar o enredo Do Satanás trabalhando No roçado de São Pedro É uma pequena história Há muito tempo passado Que não me lembro da era E nem se foi inventada No tempo que Satanás Trabalhava na enxada Dizem que o Satanás Botou um grande roçado E danou-se a trabalhar Que ficou todo suado Quase morria de fome E não tirou resultado Naquele tempo São Pedro Levava uma vida dura Trabalhando na enxada Cultivando agricultura e tudo quanto plantava Chegava uma grande fartura Satanás era disposto E na enxada era macho Trabalhava com vontade de ver São Pedro por baixo Mas todo seu sacifício Vai descer d'água abaixo (José Costa Leite) (Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua Portuguesa. Caderno de Teoria e Prática 3 .TP 3. Gêneros e Tipos Textuais. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, pág. 76 e 78, 2008...

GÊNERO TEXTUAL : CORDEL

O Cordel é uma atividade de contar histórias que vem desde a Idade Média e, no Brasil é muito mais difundido na Região Nordeste do que em outras partes. O nome CORDEL teve origem em Portugal, na Idade Média, porque os folhetos ficavam pendurados por cordões ou barbantes, em exposição. O mesmo hábito - e nome - continuou nas feiras do Nordeste brasileiro, onde ao mesmo tempo que os folhetos são vendidos, os versos são declamados. Nesses textos. um narrador, geralmente anônimo, conta suas experiências para transmitir um ensinamento moral, uma sugestão de vida. O anonimato foi uma característica histórica que ao longo do tempo foi se perdendo e hoje não é mais relevante. (Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar - Gestar II. Língua Portuguesa. Caderno de Teoria e Prática 3 .TP 3. Gêneros e Tipos Textuais. Brasília: Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica, pág. 76, 2008.)

XOTE DAS MENINAS

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Mandacaru Quando fulora na seca É o siná que a chuva chega No sertão Toda menina que enjôa Da boneca É siná que o amor Já chegou no coração... Meia comprida Não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado Não quer mais vestir chitão... Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar... De manhã cedo já tá pintada Só vive suspirando Sonhando acordada O pai leva ao dotô A filha adoentada Não come, nem estuda Não dorme, não quer nada... Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar... Mas o dotô nem examina Chamando o pai do lado Lhe diz logo em surdina Que o mal é da idade Que prá tal menina Não tem um só remédio Em toda medicina... Ela só quer Só pensa em namorar Ela só quer Só pensa em namorar... Mandacaru Quando fulora na seca É o sinal que a chuva chega No sertão Toda menina que enjôa Da boneca É sinal que o amor Já chegou no coração... Meia comprida Não quer mais sapato baixo Vestido bem cintado Não quer mais vestir de mão... Ela só quer Só ...

PROVÉRBIOS POPULARES

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1.0 PRODUÇÃO TEXTUAL 1.1 Em grupo: Seis alunos produzirão provérbios e explicarão os conteúdos. 1.2 Leitura diversificada: em forma de jogral, coletiva, mímica ou outras formas de apresentações 1.3 TEMPO ESTIMADO: 2 aulas para produção; 2 aulas para apresentações. É na necessidade que se conhece o amigo. Mais vale um pássaro na mão do que cem voando. Pense duas vezes antes de agir. Depois da tormenta, sempre vem a bonança. Aprenda todas as regras e transgrida algumas. De grão em grão, a galinha enche o papo. ...